1 - Não dava pra começar de outro jeito: eu detesto gente que grita. Se você grita com frequência, eu te detesto na mesma frequência.
2 - Eu tenho um ritual pra acordar: assim que levanto da cama, vou até a lavanderia, olho pra ela e volto pro quarto - aí começa o dia.
3 - Sempre sento na poltrona 21 do ônibus. E viajo com frequência. Se ela está ocupada, sento na 25 ou na 17. Se não, viajo com os olhos estatelados pra que caso um acidente ocorra, eu esteja acordado.
4 - Eu uso cinto de segurança no ônibus, e acho um absurdo circulares não terem.
5 - Apesar de aparência de metido, tenho consideráveis questões sobre minha autoestima.
6 - Nunca assisti nenhum Harry Potter, nem li. Nem Senhor dos Anéis, nem saga Crepúsculo, nem todas essas modas. E não tenho vontade. E sou julgado por isso.
7 - Eu tenho enorme dificuldades em me relacionar com pessoas que insistem em ficar em cima do muro.
8 - Me imagino com frequência dando uma entrevista pro Jô.
9 - Já faz mais de um ano que eu planejo comprar um cartucho pra minha impressora.
10 - Eu gosto de arroz com salsicha. Como toda semana, as vezes mais de uma vez.
11 - Choro de saudade antes de dormir, com frequência.
12 - Gosto de contar a minha vida inteira, mas quase nunca falo de sentimentos de paixão/amor.
13 - Eu sou um excelente amigo porque tenho excelentes amigos. E isso é um dos meus maiores orgulhos.
14 - Sou apaixonado por coisas inanimadas: como postes, calçadas, cadeiras, cadernos. Dificilmente desapaixono.
15 - Completamente controlador, só faço merda em estado alterado. Daí eu capricho.
16 - Gosto de cozinhar pra mim porque aprendi com a vida que se tenho companhia o arroz fica grudento.
17 - Ensaio praticamente todas as minhas conversas comigo mesmo.
18 - Eu sou completamente apaixonado por aquilo que eu faço. E dizem que meu signo justifica minha grandiosa ambição.
19 - Um dos meus maiores planos na vida é casar e ter filhos e ser um pai maravilhoso. Mas não me sinto preparado pra ter filha mulher.
20 - Ciúmes doentio, de amigos principalmente. Acredito que eles não tem que fazer novos amigos porque eu já sou o suficiente.
21 - Gosto de sertanejo e pagode. Me identifico com quase toda música que eu tenho no meu ipod.
22 - Não tenho dificuldades pra fazer nem falar de cocô. Faço em qualquer lugar que dê pra sentar, mais de três vezes por dia. Não preciso de silêncio, nem de livros nem ao menos de muito tempo. Chegou, cagou, partiu.
23 - Melosamente romântico, e eu sou otimista. Chega a ser engraçado o nível.
24 - Se você gosta de reclamar, eu gosto de reclamar do tanto que você reclama então pare de reclamar porque eu odeio ter que reclamar de gente que reclama.
25 - Tenho facilidade em ter amigas mulheres. Gosto da sensibilidade, do carinho, da língua afiada. Mas não sou gay, sério, eu gosto delas de todas as formas possíveis.
26 - Admiração é a base de todas as minhas relações. Se eu não te admiro, sinal que eu não me dou com você.
27 - Tenho medo absurdo de ficar gordo, e tenho preconceito com quem engorda sem parar.
28 - Eu realmente me importo com o que os outros pensam de mim. E acho hipocrisia quem defende o contrário.
29 - Tenho vários núcleos de amigos e, ironicamente, muitos dos grupos não se gostam entre si. O que é bastante complicado pra se comemorar aniversário.
30 - Eu nego que ainda estou apaixonado por certo alguém que nunca saiu direito da minha vida.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Minha Humanidade
E eu acabei voltando, mas com outro tom de texto, outro jeito de olhar essa minha madrugada.
Passei só pra aconselhar a vocês, meus caros, a, se vocês assim puderem, cursarem psicologia em algum momento da vida de vocês. Vai ser doído, pode ter certeza. Você vai ganhar outros olhos... vários óculos com diversas lentes diferentes. Umas palavras bonitas, outras tão feias... Mas, acima de tudo, vai se perder e se extasiar no rio que é a sua humanidade. Que é você ser humano, no mais intenso que a palavra "ser" e a palavra "humano" consiga significar pra você. E vai mexer, mudar, transformar, fazer festa, velório, fuga, acampamento tudo aí dentro de você. Em cada texto lido, em cada aula assistida, em cada relação vivida, revivida. Seja ela nova, seja ela antes naturalizada. Tudo muda, tudo ganha nova cor, novos cheiros, lágrimas, sorrisos, saudades, consciência, perda de consciência na imensidão de ser gente.
Parece que não tem palavra, não tem metáfora que defina a paixão que se permitir atravessar pela psicologia, e amar ser gente. Amar com todas as forças desse mundo e desse além mundo.
Cara, é isso, era isso que tinha que ser pra mim. Eu amo demais ser esse-aí-sendo nesse mundo. E parece que vai ser cada vez mais lindo.
Obrigadoo!
Crônica do passa-tempo
Estou aqui, como de costume, sentado à mesa da sala com alguns aglomerados de folhas, textos e anotações de uma matéria, praticamente, obscura para mim. Por ser mais de meia-noite, cabe ao leitor perceber que há uma força maior que adestra meu corpo e molda minha tão redonda bunda à essa árvore (tão viva) que se faz morta e estruturada nessa cadeira: a prova que terei amanhã.
Também fazendo jus à minha rotina pré-avaliações, meu tão companheiro computador ilumina minha cara e faz a internet (esse vasto mundo de possibilidades) parecer incrivelmente atrativa e interessante como todos os dias não-pré-prova se recusaram a ser. Sim, incluem-se sábados e domingos de absoluto tédio e falta de companhia que não proporcionaram nenhum afago de interesse nesse que vos escreve.
Como estou aqui fazendo pirraça aos meus estudos, minha criatividade-inútil acaba de dominar este cérebro preguiçoso e, então, pensamentos inúmeros e aleatórios me tomam por minutos, dentre eles o de escrever esta crônica para esse blog. Blog este que não tem passado de algo meloso e melodramático. Talvez um pouco de dia-a-dia seja interessante (o uso da palavra interessante denuncia que escrevo sem pensar, pois nada há de interessante nessas minhas enrolações).
Nesse dia da consciência negra tudo que fiz foi::::::::::::::: nada. Aproveitei o feriado e não fiz absolutamente nada de útil, nem sequer honrar de alguma forma (com escrita, pensamento, reflexão) os que nomeiam esse dia que tornou-se inércia, pra mim. Nem ao menos ir à praia ali na esquina que me faz privilegiado e motivo de inveja daqueles que estão a trabalhar, ou me justificar na máxima: "pelo menos eu me diverti, e a vida passa tão depressa". Aqui nas minhas divagações inúteis meu superego tenta em vão me culpar por ter tido o dia todo para ler esses textos e não o ter feito. Em vão, porque meu superego, ultimamente, tem sido muito falho. Coitado, não tem dado conta de nada.
Nesse embalo que me ocupa, já jantei duas vezes. Pensei que não devia ter feito porque voltei pra casa nesse fim de semana e tudo que ouvi nos quatro dias de visita foi que engordei. E ouvi não dizendo para mim, mas de mim, o que quer dizer que a situação pode ser mais séria do que parece. Mas como já dito, superego está falho: dois generosos pratos de um frango ao requeijão de dar causa à minha barriga saliente.
Pensei também que vou escrever um texto que já tenho pré-elaborado e enviar para um site que eu gosto pra ver se eles publicam. Mas não escrevi esse texto agora porque será de uma situação que eu ainda vou viver, e apesar de já ter a pre-meditado, a vida é cheia de suas surpresas e prefiro que elas acalorem o texto. Mesmo porque vai que não acontece e o texto é publicado mesmo assim, não vou gostar da sensação de escrever ficção e as pessoas tratarem como realidade e eu ficar refém do não-vivido. Esperarei.
Foi daí que tive a ideia de escrever sobre o fato de esperar para escrever. Mas daí decidi que não porque estou com a sensação de que vai ficar meio meloso e, como já sabemos todos, a ideia é sair dessa prateleira da melancolia do blog.
Voltei a cozinha pra deixar meu prato e decidi que meu próximo intervalo de estudos (esse já dura mais que o estudo em si) será lavar a louça, e caminhando nessa ideia pensei que devíamos fazer outra tabela para lavar o banheiro, porque está confuso a forma que está. Mas enfim, ninguém em casa pra que eu compartilhe dessa ideia.
O que me levou a pensar que eu recusei de ir aos bar com meus amigos (estes mesmos que terão prova assim como eu amanhã) e passei o tempo todo aqui nesse computador, sem estudar como eles. Isso seria ruim se eu estivesse arrependido, mas não estou, porque realmente foi bastante legal esse momento de internet, li bons textos, bons poemas... conheci novos anônimos escritores do dia-a-dia que, de alguma forma passarão a me inspirar. Se é que já não o fazem nessas linhas tortas que costuro agora.
Enfim, não há nada a que se escrever por aqui. Preciso começar meu segundo round de estudos para que eu não me ferre profundamente amanhã. Provavelmente, voltarei, no próximo intervalo, mas prefiro me despedir num instinto de auto-fé de que o foco será meu novo melhor amigo.
Ah,"novo melhor amigo", lembrei que tenho que escrever sobre isso também...
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Minas de ouro...
Eu ensaiei tirar algumas fotos de alguns momentos do meu dia hoje pra poder dividir com as pessoas. Não que tenha acontecido alguma coisa diferente, só especial mesmo: especial do cotidiano. Fato é que eu reclamo, prometo me mudar daqui, troco as montanhas do quintal pelo mar na próxima esquina, digo que não nasci pra viver nesta cidade... mas digo tudo admitindo que é sempre bom voltar pro ninho. E simplesmente porque é. A saudade de onde o tempo não parou bate forte e eu volto admirando a mais nova novidade que é o vizinho ter trocado a cor do portão. No mais, tudo continua na alegria e simplicidade de sempre. Legal é que o destino me deu um ônibus que me permite voltar sempre enquanto todo mundo dorme e, na minha curta noite, eu amanheço como todo mundo, como se eu sempre estivesse aqui.
Ontem eu cheguei e todo mundo em casa já dormia, não vi ninguém. Na companhia da televisão da cozinha eu jantei a comida mineira que minha mãe deixou sobre a mesa. Minha cama estava arrumada (poucas as pessoas sabem o valor que isso tem depois de alguns meses fora de casa).
De manhã, minha irmã me acordou pedindo dinheiro. Minha mãe logo passou avisando pra não esquecer de deixar o almoço pronto pro meu irmão. Tudo com a naturalidade do dia-a-dia, como se eu nunca tivesse saído de casa. Escolhi o cardápio da janta, e fui ao supermercado. Enquanto eu atravessava a rua minha tia parou o carro, ali no meio, pra dizer que eu to cada vez mais bonito. Ninguém implicou com ela parando o trânsito, porque não tinha trânsito. Aqui não tem buzina, passarinho é dono do palco. Fizemos a comida juntos, com todos cozinhando e cabendo nela. Aqui não tem apertamento. Minha outra tia chegou trazendo leite direto da vaca, fez as contas e disse que sobrou seis litros pro bezerro: tá de bom tamanho. Também disse que eu estou bonito (eu tô gostando disso).
Vimos a novela, jogamos travesseiro um no outro, chamamos com o Shhiiiiiu na hora da cena importante. Aqui tem conversa com tv ligada, aqui não tem solidão. Cada um no seu tempinho, arrumou as coisas pra se deitar... amanha é outro dia colorido. E eu sobrei aqui, com meu virado doce de banana, comendo na colher, frente à essa tela de computador, sorrindo baixinho a alegria que é pertencer a um lugar. E nascerá colorido o sol na montanha que dá pra ver da janela do quarto: Minas Gerais é uma amostra grátis do céu.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
"Aprendi que não adianta você tentar amar certinho logo de cara. Tem que amar errado mesmo. Assim meio desajeitado. Assim desconcertado. É amando desse jeito esquisito que aos poucos você vai aprumando o passo. E o laço. E o compasso. E o abraço.
Dizem por aí que ninguém aprende nada com os erros alheios. É que cada um tem seu jeito de amar. Por mais que você ouça os conselhos mais bem intencionados, leia as mais românticas histórias já inventadas, consuma todo o conteúdo desse blog apaixonado, ouça música sertaneja no último volume com um pote de sorvete nos braços ou assista muita novela mexicana reprisada, nada adianta se você não treinar. Entende de uma vez por todas: é amando que se aprende a amar.
(...)
Então ama. Ama, porque sempre vale a pena. Chama de amor mesmo. É curtinho. É bonito. É sonoro. Não precisa dar rótulo, nome, sobrenome, registrar nem reconhecer firma. Só ama. Uma hora, depois de tanto treinar, do mesmo jeito que você aprendeu a andar, vai aparecer aquela outra perna disposta a te acompanhar que caminha no mesmíssimo ritmo que a sua. Vocês vão cair, vão tropeçar, vão levantar. Vão se coordenar, vão se organizar, vão caminhar. Vocês vão, enfim, se amar."
(COSTA, E.)
.
Dizem por aí que ninguém aprende nada com os erros alheios. É que cada um tem seu jeito de amar. Por mais que você ouça os conselhos mais bem intencionados, leia as mais românticas histórias já inventadas, consuma todo o conteúdo desse blog apaixonado, ouça música sertaneja no último volume com um pote de sorvete nos braços ou assista muita novela mexicana reprisada, nada adianta se você não treinar. Entende de uma vez por todas: é amando que se aprende a amar.
(...)
Então ama. Ama, porque sempre vale a pena. Chama de amor mesmo. É curtinho. É bonito. É sonoro. Não precisa dar rótulo, nome, sobrenome, registrar nem reconhecer firma. Só ama. Uma hora, depois de tanto treinar, do mesmo jeito que você aprendeu a andar, vai aparecer aquela outra perna disposta a te acompanhar que caminha no mesmíssimo ritmo que a sua. Vocês vão cair, vão tropeçar, vão levantar. Vão se coordenar, vão se organizar, vão caminhar. Vocês vão, enfim, se amar."
(COSTA, E.)
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quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Mine
When i push the sheetes away from your face
and watch you sleep all day here.
And when I push you away and say
"You simply can not stay here"
Its all love, all love, its all of my stupid love
and watch you sleep all day here.
And when I push you away and say
"You simply can not stay here"
Its all love, all love, its all of my stupid love
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Ganhar ou perder, sem engano
E o tempo passa arrastado:
é falta de estar ao seu lado...
Vai Cazuza, diz por mim
o que a minha língua pobre,
orgulhosa,
não consegue pronunciar.
Você, também, mar...
dá um banho na alma
que insisto em manter empoeirada.
Ah, seja infinito
tal como minha saudade,
me abraça e
marina-me.
é falta de estar ao seu lado...
Vai Cazuza, diz por mim
o que a minha língua pobre,
orgulhosa,
não consegue pronunciar.
Você, também, mar...
dá um banho na alma
que insisto em manter empoeirada.
Ah, seja infinito
tal como minha saudade,
me abraça e
marina-me.
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