terça-feira, 30 de outubro de 2012

Alongue-se: aprenda com os cachorros.

sob pensamentos bobos e conclusões sorridentes, faço promessas de ano novo.
vou escrever regras pra serem lembradas todos os dias. colarei na porta.
algo pra lembrar as coisas boas da vida: cheirar mais do que ver,
cantar antes de elaborar opinião, dar beijo na bochecha e não no ar.
beijar mais na boca, falar mais merda. alongar a vida: fazê-la linda.
aprender com o vento, receber o sol, dançar na chuva. lavar-me mais.
entrar no mar sempre que puder.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

coloque aqui uma palavra que resuma o sentimento

Bom mesmo é ir a praia sozinho e ver o mar com outros olhos. 
Sentar e dormir, acordar e ir embora. 
Sem conversa, sem assunto, só música.
Só alguém pra chamar de seu: você mesmo.
Sem ninguém pra entender... nem você mesmo.

Talvez seja porque eu tenha desacreditado um pouco. É que não adianta: um pouco de cerveja e eu encaixo você na conversa, rodeio até poder dizer algo sobre você sem me sentir um completo idiota, afinal não estou no meio juízo perfeito e posso não lembrar amanhã. Aham. Tá. Sonho com você depois de chegar em casa. Talvez eu sonhe enquanto volto pra casa, mas isso não sei confessar. Sinto falta é daquela a qual não é você, mas não tem rosto. Tento encontrar outra pessoa em você pra ver se assim dá. Talvez eu tenha me frustado e desistido. Talvez eu sinta falta é de saber de mim. Talvez eu preciso de mais disso: mim. Estou é enjoado de mim. Na verdade, eu queria mesmo era outra pessoa, boas risadas e alguém pra informar quando é que nasce o sol das quintas-feiras.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

RENOVAÇÃO

Hoje, 07 de outubro, eu acordei assustado, resultado da angústia da noite dormida. Tomei um banho como que pra espantar  o calafrio. Vi, revi e revivi momentos enquanto observava a praça cheia de pessoas com um assunto em comum. Senti vergonha alheia por uns papéis assumidos, e me orgulhei de outros muito bem exibidos. Senti o coração fora do peito, tremi as mãos como nunca antes e me inquietei a tarde toda, perambulando por palpites do processo da eleição. Tentei disfarçar, ao máximo, com assuntos bobos e sorrisos amarelos. Lá pelas quatro da tarde, reuni minha família e voltamos pra casa: esperaríamos o resultado em casa, pra tentar manter a segurança. E assim fizemos. Cada qual com sua ansiedade, cada qual com seus palpites.
Então, recebemos a notícia da vitória, e juntos, os cinco, ficamos por alguns minutos forçando-nos a acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Como um filme tudo passou diante dos meus olhos e não havia espaço pra que eu coubesse dentro de mim, naquele instante.Voltamos, portanto, à praça.
Hoje, quando eu parei por alguns segundos pra tentar entender aquilo que eu via e sentia, eu só pensava: "Valeu a pena"
Valeu a pena cada voto conquistado, cada coração revoltado, cada garra por honestidade.
Valeu a pena não ter medido palavras e ter escancarado as falcatruas.
Valeu a pena denunciar sem exitar, sem pensar duas vezes, sem sentir medo.
Valeu a pena não se deixar ser oprimido, nem se vender por emprego cabide, ou meros 50 reais na calada na noite.
Valeu a pena aguentar as ameaças explícitas e também aquelas por olhares, todos os dias.
Valeu a pena engolir quieto os foguetes que gente sem caráter soltou dentro da minha casa, no chamado 'comício da vitória' (me permita rir constantemente nesse momento).
Valeu a pena fingir que não eram pra mim as indiretas incessantes que postavam no facebook.
Valeu a pena cada dia de perseguição que nós sofremos.
Valeu a pena cada ato de ignorar pelos textos que me difamavam sem escrúpulo.
Valeu a pena, ainda, ter tido que pedir desculpa por não estar errado, mas pra preservar a convivência.
Ah, como valeu a pena

Como valeu a pena sentir o grito de liberdade do povo, ter a sensação de que não havia mais opressão,  não havia mais de quem fugir pra se manter seguro, e além de tudo isso, ver que as coisas iriam progredir daqui pra frente, que o povo não é mais cego e que, ao contrário do que muitos achavam, candidato não é deus. Pelo contrário: é corrupto e isso tava acabando. Como valeu a pena perder a voz pra gritar vitória.

Além de tudo, conseguir dizer aquele TCHAU mais gostoso pra toda a corja puxa-saco. Aos Josés da Silva. Adeus a você que trabalha na educação sem diploma e sem gramática. Adeus a você que pensa que manda no patrimônio cultural. Adeus a você, que mamava dinheiro público por nota fria. Adeus a você, que pseudo trabalha. Adeus a você que sequer sabe o cargo além de puxa-saco. Adeus a você que perdeu as estribeiras e difamou difamou e ofendeu: em vão. Adeus aos seus futuros prometidos empregos garantidos. Aquele adeus especial pra candidatazinha metida que não se reelegeu. Adeus a vocês, Cabides todos! Todos que tem emprego de favor, que usurparam os cargos de quem passou em concurso público e não pode assumir o cargo porque o antigo prefeito (como é bom dizer 'antigo') dizia que regia suas próprias leis. Tchau! Ah, no mínimo quatro anos sem vocês todos. Raxa fora!
Como é bom calar a boca daqueles que humilharam sem estribeira, que esfregaram 2000 votos de vantagem. Que diziam que nosso barco tava afundando, que falavam em desespero. Que tentavam se justificar atacando fatores pessoais. Hora do silêncio pra vocês.

A partir de hoje dormimos com o coração lavado na certeza que a próxima a ser lavada são as contas corruptas da prefeitura. O povo só ganha a partir de agora! Vitória. Parabéns a todos que fizeram dessa campanha exemplo e que souberam esperar a nossa hora. "A abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou."

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ah

É como parar e reobservar tudo em volta, ver cada objeto do quarto como tradutor do estado de espírito. Sentir a noite com a janela fechada e olhar a lua através do espelho. Paz, e eu insisto em sentir isso. Seja lá qual o motivo que ela resolveu ficar, trago cobertores pra que se sinta quente e não vá. Ah, é como fechar os olhos e sorrir naturalmente, como que num reflexo, como que ... ahh. Paz.. consegue sentir? Linda noite.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

e bateu aquela falta de escrever de novo: pra você, pra ninguém, pra mim que não sou ninguém.
vim agradecer só por existir vocês todos. vim agradecer por vocês todos existir.
nada muito bonito, nem muito colorido, aflorado. algo sincero e de urgência de sentir, escrever, expressar.
sinto saudade de um alguém: confidencial.
boa noite, de novo.