sábado, 27 de julho de 2013

eu queria poder carregar o mundo pesado pra você.
mudar o destino, fazer nova história pra ver você sorrir.
I'll be there for you when the rain starts to pour...

terça-feira, 23 de julho de 2013

Pra você...

Oi.
Hoje eu passei o dia todo à toa, sabe? Planejei ontem que ia acordar cedo, ir à academia e depois à aula. Mas não acordei, acabei abrindo os olhos às 11h da manhã. Almocei e sentei no sofá do qual estava até agora pouco. Agora me enrolo no cobertor aqui e parei pra pensar... se eu penso, logo, eu escrevo né. Eu li a sua mensagem com um sorriso no rosto, assim, atravessado, tomando toda a minha cara. Comecei a escrever pra responder e desisti. Queria que o afeto ficasse pra mim daquele jeitinho mesmo... sem que houvesse outra conversa que me desviasse da mensagem mais linda que eu recebi nesses últimos tempos (e que tempos).
E então pensei, como você mesmo disse, no quanto tudo tá dando certo. Assim, mais do eu esperava. Eu sei que eu sou meio louco e muitas vezes eu sumo. E não te respondo ou coisas do tipo. Eu sei também do quanto eu não correspondo àquilo que eu acredito que você espera de mim.
Mas uma coisa, hoje, eu posso te dizer sem medo: eu estou encantado por você. Assim, por tudo que você faz e tem feito a mim. Pelo jeito que você insiste, pelo jeito que vc fala comigo, pelas palavras que você usa, pelas músicas que você toca,  pelo modo que você acredita em mim. E com o passar do tempo, cada vez mais eu me desarmo. Cada vez cai as minhas defesas pra ti e eu vou mostrando, pouco a pouco, o monte de eu que existe em mim. E eu sinto você abraçando todos eles... eu sinto você beijando alguns deles. E eu posso dizer que você tem trazido cor à minha vida. E eu tenho te sentido na pele, e me sentido na pele. E pele com pele não costuma dar errado.
Tudo está sendo melhor do que eu esperava.

De você...

"E quando menos se espera, você, que sempre foi apaixonado por loiras de cabelos lisos, batons em tons de nude, bocas de boneca e movimentos calculadamente econômicos e delicados, está inexplicavelmente encantado pela tal da morena do samba, que não tem sequer um dos requisitos que você colocou na sua listinha de mulheres ideais, mas que é linda aos seus olhos mesmo assim."

E seu eu disser que tudo isso não tem nada a ver comigo mas ao mesmo tempo me descreve tão bem? E se eu disser que tô feliz?

domingo, 21 de julho de 2013

Rotina de grandes novidades

Acordei às 7:19h, às 9h, as 10h, às 11h, 13h, 14:32h e por fim às 15:35h. Levantei, fui à lavanderia, olhei pros varais e voltei ao quarto. Dormi mais 5 minutos... Acordei pra um banho rasteiro. Vi no celular algumas mensagens de carinho e de alegria, não respondi. Repassei na cabeça os compromissos do dia e no mesmo raciocínio os ignorei. Num banho tomado e cabelo despenteado fui ao supermercado decidir o almoço, paguei uma caixa de nuggets os quais fritei e comi com  catchup. Não aguentei o último e joguei fora. Me deitei no sofá com as pernas pra cima: pensei em mim. Me sentei no sofá com as pernas cruzadas: pensei em nós. Vi a novela, o jornal, a novela. Vi o filme e o chorei. E chorei ainda mais no fim do filme. Acendi a luz e a apaguei inúmeras vezes. Sujei exatamente 2 pratos que ficaram molhados na pia. Tomei outro banho: demorado, sutil... dancei embaixo do chuveiro. Dei risada sozinho por cerca de 5 minutos seguidos. Falei com pouquíssimas pessoas, seja no real, seja no virtual. Saí e entrei. Entrei e saí. E repeti. Ao edredom, me permiti ser romântico. Fiz bagunça no quarto bagunçado, o volume da tv estava alto. Não ouvi nenhuma música. Tomei banho e coloquei a mesma roupa. Muitas pessoas importantes passaram esquecidas neste dia. Cogitei ligar pra casa e desisti. Programei algumas coisas e já cancelei. Me deitei em diferentes posições na cama de casal que habito sozinho. Minha boca está seca. Consigo ouvir o barulho do meu piscar de olhos, consigo ouvir as vozes dos desconhecidos na rua. As portas estão entre-abertas, as gavetas fechadas, as palavras comidas e os sentimentos fartos. O ventilador não liga e não circula a poesia. A solidão invade a casa sem a velha companhia sombria. Fazem as pazes a solidão e a amizade. Passa-se o dia do amigo consigo mesmo e termino o dia celebrando a amizade que tenho comigo. Nos trancos e barrancos da vida, posso dizer que estive ao meu lado quase que todo o tempo desses dezenove anos... e há que se comemorar. Feliz dia do amigo pra si mesmo, e pra mais ninguém.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Das saudades...

Sinto falta, sim.
Das minhas ilusões
meus sonhos, minhas saídas.
Sinto falta da poesia,
do escrito dos desconhecidos,
dos amores inventados,
dos sabores...
Eu sinto falta, sim.
Falta daquilo que eu inventei
e vivi pra mim.
Mas vou feliz, mesmo assim,
porque consolido uns caminhos
e vejo futuro bom.
Mas por enquanto..
queria uma realidade etílica
pra chamar de travesseiro
e me dar um beijo-dom.

sábado, 13 de julho de 2013

Ops

Posso te dizer, assim,
do meu jeito todo meio besta
que meu coração é quase seu
desenho o seu nome na minha testa.
Posso te dizer, assim,
de um jeito meio complicado
com um franzir de testa engraçado
que quer dizer que te decifro.
Posso te dizer, assim,
de um jeito meio moleque
que não entendo muito bem
essa coisa de coração.
Posso te dizer, ainda,
que pensei em entrega-lo a ti,
que me sinto seguro e contente
se você me der a mão.
E nessa de cogitar hipótese
acabei dizendo tudo...
saiu, assim, de repente...
o que me cochicha o coração.

terça-feira, 2 de julho de 2013

O poeta sem nome

          Seria mais um dia frio e cinza com chuva que nos incide a perguntar porque deixamos nossos travesseiros e televisores em casa. Seria, também, mais uma estação cheia de gente e trilhos com pessoas sem história circulando. Seria São Paulo no seu mais clichê e estereotipado adjetivo: impessoal. Seria tudo isso se eu não me propusesse a subir as escadas e encontrar um piano.
          E, ali, um homem cheio de história passa seu dia de domingo a tocar a minha tarde, a minha alma. Seria só mais uma tarde se eu não me dispusesse a sentar, aqui, ao lado para ouvir e escrever essas palavras que tentam transcrever a poesia e singeleza da vida.
          A melodia passa e toca o casal de velhinhos ao lado da máquina de refrigerante, a tia da faxina da estação, a senhora que ronda o piano há um bom tempo e não segue o seu caminho, as crianças que param para ouvir e fazer perguntas ao pé do piano, ao senhor de chapéu que o cumprimenta com uma tapa nas costas e vai embora. Aos tantos que aqui passam e repassam com suas diversas vidas.
          Seria só mais uma vida se não existissem e estivessem aqui o poeta e o piano trazendo harmonia à São Paulo, trazendo cor à Sé, berço da cidade. Que se plante a música ao centro e ecoe aos quatro cantos. Sinta e ouça: há vida na cidade, há amor em São Paulo.