segunda-feira, 11 de junho de 2012

o há de estar reservado pra um futuro tão premeditado?


            Pois eu acho que a vida da gente é um ninho que a gente mesmo que faz, claro que, muitas vezes, cada palhazinha que o compõe não é a gente que encontra sozinho. Muitas delas, são, inclusive, passada de bico a bico. Algumas vezes como num beijo apaixonado, outras cheias de atrito deixando feridas, outras, ainda, nem encostar bico a bico. Ainda tem aquelas que a brisa trás sozinha e se encaixa lá, sem precisar de nenhum esforço nosso.
           O fato é que por mais aconchegante que o ninho esteja, e, de fato, seja capaz de ser o melhor lugar do mundo por toda a estrada que se consegue ver, o horizonte, o qual misterioso como sempre, trata de enviar o vento pra intimidar. E o vento sempre intimida, incomoda, arrepia, contrai, condensa, enfraquece, e doi. E desmonta, desconstroi. Ah, o vento espalhas as palhas.... espalhas as palhas todas. E tem palha que é colorida, ou que tem um cheiro especial, ou tem um conforto anormal, ou um sorriso sem igual. E um apego especial prende as asas, e corta o voo e abaixa as palpebras e resta-se o escuro sombrio.
           E sobra-se o pássaro, sem ninho, sozinho, com frio e com medo de um futuro antes certo e aconchegante... mas que o vento levou e espalhou por aí....sabe-se lá por onde.


Um comentário:

  1. O vento vai dizer lento o que virá. E se chover demais,a gente vai saber, claro de um trovão, se alguém depois sorrir em paz... só de encontrar... ♪

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