segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Talvez esse não seja mais meu espaço.
Assim, meu mesmo.
Maldito ego.
E eu insisto em dizer que é.
Time to go? Maybe
Talvez nada do que eu insista em dizer que é
seja, de fato, meu.
E meu mundo seja insistência.
E dê vontade de parar.
De insistir
e viver
nesse
mesmo
mundo.
Cu.

sábado, 25 de janeiro de 2014

A vida tem dessas coisas...

Eu te observo, estudo, ouço as entrelinhas. Cada detalhe seu é meu. Cada gesto seu é meu. E você sorri, fala sem pensar, pensando e dizendo um monte de besteira. Diz também do coração, meio jogado, diluído nas suas defesas. E eu me preocupo, depois te amo. Depois fico um tempão pensando, e depois te amo. E vou vivendo esse espiral que é você, que somos nós: nossa história.
E então ensaio novas abordagens, assuntos, paixões. E não cumpro nada: às vezes fico bobo. Às vezes exagero, algumas perco a linha. Sou sem roteiro, sem placa, cardápio, menu. Sou um cara bastante desconfiado, mas com a permissão da mente para amar. E daí amo meio torto, meio com rabo de olho. Depois amo de olhos fechado, nu. Mas amo todo dia, todo segundo. Amo cada detalhe seu, seu jeito de mexer o cabelo.
E quero você do meu lado, segundo a segundo. Quero seu corpo entregue na minha cama. Quero você envolvida em mim até que percamos nossos limites. Quero as besteiras que você diz sussurradas no meu ouvido, tendo o palco meu quarto infinito e escuro. Quero você entregue à paixão que somos. Quero que o sol nasça e estejamos dentro um do outro, rindo alto e tendo a certeza que lá no fundo a gente sempre teve: meant to be.
E de repente, eu nem sei qual era o motivo desse texto. A vida tem escondido os motivos e trazido beleza ao processo.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

You

Ontem passei o dia pensando no quanto você tem feito bem. De um jeito que você nunca fez, nem quando eu sonhava que você o faria, algum dia no meu futuro maneiro. Passei o dia colocando o tempo no divã. Interroguei, perguntei dos motivos, pedi que falasse um pouco mais, desse outros exemplos. Que relatasse como se sentia em relação à isso. Respeitei, ainda, seu silêncio.
Fiz, portanto, uma sessão de análise. Com todas as técnicas que tenho aprendido.
Pobre de mim que não entendi nada, descobri muito pouco. Nem percebi que o tempo me deu um baile, manipulou e os limites analista-analisado se perderam. Como sempre faz. Fui eu quem saí desconfiado, angustiado, com uma pulga mutante ultrassônica atrás da minha orelha.
Como boa sessão de análise, fui entendo aos poucos, pelo caminho, seus resultados e repercussões. Sentei agora e depois de meia dúzia de palavras trocadas vivi a insegurança que é sentir. Em 3 segundos, afirmei que te amava e acreditei fielmente no recíproco. Desdecidi e acreditei ainda mais que não. E já pensei na finitude de nós. Fechei os olhos e, de repente, senti que é pra ser. Meant to be, como você gosta de dizer.
Daí o vento sussurrou o silêncio da sessão de ontem: você não vai saber, vai ter que me esperar dizer.

E eu vou aprendendo, na pele, alma e afeto esse negócio de amor.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Minhas 8 não-promessas para 2014

Depois da bela e ainda-não-tão-bem-superada-crise-dos-20 (e se você está achando babaca ter crise aos vinte gostaria que você se retirasse, valeu), eu fui obrigado a passar pela virada de ano novo. Sim, esse é um fardo que você, que não soube esperar a hora de nascer, carrega por ter chegado 3 dias antes de o ano se findar: ter que conviver de uma só vez com reflexões natalinas, aniversário e ano novo na mesma semana. Ou seja, uma catástrofe psíquica de o-que-eu-estou-fazendo-com-a-minha vida.
Bem, o que eu estava dizendo é que, nessa virada, eu mandei todas as promessas que eu e todas as pessoas faziam naquele momento para a  merda. Olha só, se você fez promessa de fazer merda, foi a única que restou. No mais, o resto tudo está na merda. E já diria a minha avó, é melhor não mexer na merda porque quanto mais se mexe, mais se fede.
Para 2014 eu fiz algumas resoluções. E, não, isso não é um sinônimo de promessas, e eu explico: por Promessa, fazemos um compromisso de dar, dizer ou realizar alguma coisa. Já por Resolução temos o ato ou efeito de se resolver, ou seja, meio pelo qual se decide um caso duvidoso (leia-se minha vida, talvez a sua, mas só talvez). O que faz muito mais sentido, meus caros, uma vez que em um compromisso de se fazer algo, talvez não damos muito atenção aos imprevistos ou forças que virão a nos atravessar no meio do caminho. Já pela via das resoluções, nos prezamos a resolver um caso duvidoso, e na dúvida, sempre cabe uma outra opinião. E aí passamos a aproveitar melhor os imprevistos. Nada mais duvidoso e complexo do que essa nossa vida, nada melhor do que se prezar a resolvê-la.
E nos tantos significados de "resolver", prefiro e, portanto, faço uso aqui neste texto, é "transformar-se".E assim comecei meu dois mil e catorze no auge nos meus vinte anos. Resolvi que:
1-  Meu relacionamento não irá ser colocado em nenhuma frase depois de conjunções de adversidade (para os que deixaram a gramática lá no colégio - não deviam tê-lo feito, a propósito- são exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto). Se me pegar fazendo isso, pagarei a árdua punição de pensar porque o fiz. E resolver, logo, transformá-lo.
2 - Minha palavra do ano é: chuva. Não é a toa que ela existe, logo, antes de maldizê-la passarei a aproveitá-la. No sentido literal e também no figurado. Divaguem sobre a potência de transformação disso: você vai pensar em, no mínimo, três exemplos de aproveitar a chuva e, sem perceber, estará sorrindo.
3 - Farei uma surpresa para algumas pessoas que me resolveram em 2013. Nada espetacular, mas grandioso no coração.
4 - Valorizarei mais o vento que sussurra na praia da esquina. Dizem que o vento esparrama folhas secas amontoadas e elas ficam mais leves para voar pra longe.
5 - Não darei tanta atenção para as regras que ninguém sabe quem as inventou. Exemplo: estou escrevendo esse texto de ano novo já no dia 7, na madrugada da volta às minhas aulas bem cedo. Ou seja, não dei atenção à regra de fazer promessas, nem de que sejam feitas no dia 1, nem de que tenho que dormir cedo para acordar amanhã. Resultado: é com prazer que deslizo meus dedos por essa tela em branco e transformo minha primeira "noite resolvida" em um pouco de alegria.
6 - Escreverei. Sempre. Que as nuvens do meu pensamento sejam transcritas em palavras-sentimentos até que se faça calo nos meus dedos e minhas bochechas passem a doer pelos sorrisos.
7 - Falarei menos, conversarei mais. Ou seja, serei mais vulnerável a trocar, e não discursar. E, sem sequer perceber, ficarei mais agradável para aqueles que dividem essa vida ao meu lado.
8 (e não menos importante) - Diminuirei a barriguinha que começa a salientar no meio do meu corpo. Na verdade, esta última é bem uma promessa, porque daí dou menos atenção aos imprevistos (pizzas que desejam minha boca).


Não, na verdade não. É uma resolução. Afinal, eu disse "feliz 2014" e sem pizza ainda não descobri o jeito alternativo de encontrar felicidade.      

sábado, 4 de janeiro de 2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Eu passarinho

Minhas sinceras desculpas. Peço, com lágrimas nos olhos de uma insônia solitária. De alguma forma não saberei dizer o porquê do pedido, o porquê das lágrimas ou da insônia ou, ainda, da solidão. Mas na urgência do sentimento, o faço, desprovido da razão. Talvez eu esteja morto, ou desacostumado (se preferir). É que, caros, não combino mais. Desculpe-me, mas apesar do amor é preciso ir. De tão preciso que me calo.
Não por tristeza, egoísmo, coração-avareza. Mas por ter rodas nos pés e nos olhos de janela. E faltar a estrada pra ver. Não consigo mais ver as paredes com histórias, praças com histórias, pessoas com histórias que não são suas. Não consigo repetir os mesmos versos, piadas, costumes, roupas, mantras. Não consigo sentar à mesa e ter que me silenciar. Não consigo mais aceitar.
Perdoe-me se pareço ranzinza, mal-agradecido. Ainda vejo poesia, encanto, nostalgia. Mas essa vida pra mim é museu, exposição... com o tempo não dá mais pra viver na coisa velha, só dá pra visitar com os filhos, escola em excursão.
Eu tentei ficar, juro que o fiz. Comprei margarina e tomei o café. Mas fui dormir logo depois, que é pra não ter que lavar a louça com palha de aço. Por favor, não leia com tristeza nos olhos. Entenda, é que eu não nasci pra ficar. Talvez eu seja o caso à parte, exceção... que não vive em gaiola de coração. Preciso bater asas, e tem que ser agora... que é pra aproveitar o vento do norte, vento que não tem direção.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

"Volta. E a gente prova ao mundo inteiro que em um segundo de reencontro o nosso amor cura todas as eternas horas afastados." (H.R.)