domingo, 3 de março de 2013

Comigo

É suportar a dor de se ouvir, e não cessar em dizer, e sentar pra escutar e também ouvir em pé: solidão do fim de semana. Não tem pra onde fugir, só tem a si pra companhia. É lembrar-se de si próprio num nostálgico eu criança, e também enjoar-se de si mesmo num impressionante tédio. Paradoxal eu, pobre de mim, estúpido eu. Uma corrida na praia à noite: um refrigério. E no sozinho físico, entre este pobre que vos escreve, o mar e o vento doce e frio encontro Deus e faço uma oração. Nasci de novo pela 54ª vez. To pronto pra ser eu de novo. Mais uma vez um sorriso sincero antes de dormir. Parece que eu gosto de mim. Parece mesmo.

Um comentário:

  1. A gente se perde e se (re)encontra! Palavras tão bem colocadas, cara. Gosto muito daqui.

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