quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Ciúmes
Já fiz três poemas antes de dormir. Anotei no celular pra não esquecer que a graça é bem-vinda e o coração é sincero. Olhei algumas outras vezes para esse quadro branco e não sai amor de poema, nem à pedrada. Rendo-me ao que me inunda, e por um sentimento de culpa, venho compor alívio pelas letras tecladas. Ciumes. Sinto um árduo, duro, frio e grande ciúmes. E me puno por ser assim tão estranho. E procuro a razão pra tanto amor, sabendo de cor que não há possibilidade. Sem luz no fim do túnel, sem saída para um coração burro e estúpido que insiste em derramar amor até no poste que ilumina a janela do quarto. Afinal, sem a luz dos postes não se veria a noite desenhar encanto pelas ruas estreitas. É isso. Até nas ruas tenho afeto. Tenho amor. E amor dói porque o ciúmes assalta. Amor dói.
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O poste que ilumina a janela do quarto é um poste feliz!
ResponderExcluirAss: Carol