Ri comigo!
Se você parar 4 minutos
pra perceber
quão contraditório é a vida
você não vai se controlar
e vai rir até a bexiga inchar.
Vai acabar no banheiro
com muita coisa louca pra urinar.
E nada vai fazer sentido algum
quando esse tempo acabar.
Vem e ri comigo!
Essa vida é muito breve
pra você escolher
"sentar e chorar".
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Sem morada
Essa é a terceira vez que esboço linhas aqui. É porque elas simplesmente não saem, não cabem nesse espaço branco de papel. Como nada tem cabido. Eu não faço mais parte disso aqui, esse não é meu lugar e talvez eu não tenha um. E eu to feliz sem um lugar, sem morada. Talvez eu não precise de tudo que vocês precisam. E eu realmente só quero deixar meu cartão de visita e partir em 10 minutos. Um beijo de boa sorte, talvez. Nada além disso. Eu só vim tirar um cochilo a tarde ao som dos pássaros que não tem por lá. Finjam que eu nem estou aqui: é passagem. E eu só quero a minha de volta pra lugar nenhum.
sábado, 7 de dezembro de 2013
Nada mudou...
Hoje eu fui à praia e me sentei naquele cantinho entre as árvores onde costumávamos sentar. Era de manhã e quase ninguém podia me ver, o sol parecia que acordava mais cedo pra me fazer companhia. Engraçado... me peguei dividindo a sombra com você, mesmo que você não estivesse ali do meu lado. E sorri, me lembrando de quando reclamava por eu ser espaçoso demais. E senti suas mãos às minhas, e seu cheiro foi o único que eu conseguia respirar. E, então, consegui sentir você do meu lado, quando o vento trouxe seu olhar, bem devagar. E eu tentei segui-lo... em vão.
E percebi que passarão terças, quintas, sábados, verões, outonos... passarão as mais longas primaveras. E meu amor não será passageiro, nossa árvore não morrerá, o sol nascerá mais cedo, o mar fará silêncio e eu sentirei você aqui do meu lado, até que nossa saudade morra por dois instantes e alguns beijos. E nossa estrada nos dividirá, de novo, e eu sempre voltarei à praia...
até meu mundo acabar.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Together
"Eu viajei no tempo só por você
e me perdi, no final, quando encontrei seu olhar.
Nossos destinos desenhando espirais,
eu entendi o sinal pelo seu jeito de rir pra mim"
Olha minha vida voltando pra 2010.
e me perdi, no final, quando encontrei seu olhar.
Nossos destinos desenhando espirais,
eu entendi o sinal pelo seu jeito de rir pra mim"
Olha minha vida voltando pra 2010.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Essas gentes, essas indas e vindas...
Fã que sou das belezas do dia-a-dia, dos fragmentos de vida no cinza do cotidiano, das singelezas das atitudes despercebidas pintando cores, creio que estou ficando até meio bobo: de repente minha vida virou só poesia. E isso é culpa dessas gentes, que não deixam de ser bonitas nunca...
É muito comum ouvir amigos meus reclamando das rodoviárias, de sua falta de conforto, seus auto-falantes, cheiro de asfalto, grande fluxo de pessoas, pressa, banheiro. Eu mesmo, quantas vezes, me pego maldizendo isso tudo. E reclamo à toa, na hipocrisia, porque na mais pura verdade posso afirmar que eu gosto de rodoviárias. E gosto do tempo ócio entre um ônibus e outro... período tão vivido nessa minha mania de ir do mar à serra, com tanta frequência.
Verdade é que eu gosto do aparente desconforto, do cheiro de ar condicionado misturado em gente, do fluxo das pessoas. Mas gosto mais da poesia que gera aquilo tudo. Eu gosto de sentar ali no canto e, imperceptível, criar histórias das indas e vindas das pessoas que passam em suas pressas, suas corridas, seus fones de ouvido, suas mãos dadas.
O homem inventou um lugar pra não ser lugar nenhum em que todos os encontros e desencontros pudessem ser feito ao mesmo tempo, por muitas pessoas diferentes, que na maioria das vezes não interagem entre si. Se tornou um coletivo de poesias individuais, de histórias que não se cruzam, mas perfumam esse pobre garoto observador.
Vou sentindo o cheiro das saudades dos que ali passam, das coragens que os impulsionam a passar, das despedidas pra nunca mais, das indas e vindas diárias, das risadas da viagem em grupo, do casal que se beija já saudoso, dos velhinhos e seus cachorros nas gaiolinhas, das crianças que, como eu, se divertem nesse espaço-poema.
Talvez rodoviária seja a metáfora do meu amor. Um lugar poesia, que as vezes não se dá muita atenção, mas se enfeita de despedidas, encontros e coragem (ou a falta de). Ou talvez eu esteja afetado demais por essas belezas. E isso é culpa dessas gentes, que não deixam de ser bonitas nunca...
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