Eu ainda escrevo e apago inúmeras vezes as palavras que, de tão simples, não sabem dizer direito o que tem sido a nuvem de coração que carrego comigo. Sei que virou nuvem do algodão doce que você um dia me ofereceu, lembra? Naquela tarde que você me disse, engolindo devagar e tímida: "Lindo". Sei que se não fosse Deus bancando o escritor... nada desse meu sorriso de saudade seria possível. Sei que você me lembrou que eu existo, algumas vezes. Sei do tamanho do encanto que você me despertou, aquele tão adormecido... Sei do tamanho dos meus olhos quando você teclava a música que eu compus. Disso tudo eu sei bem: do afeto, do carinho, das incertezas certas, dos olhos grandes, do pé na catedral, do beijo... tão seu, nosso, um. Disso tudo eu sei. Só não sei direito quem sou eu depois disso, mas sou melhor. Sou nós.
Sei também que, de tão confuso, jamais poderia dizer "não" quando você me perguntou a opinião. Ninguém teria o direito, muito menos eu. Como eu fico? Com o coração embrulhado pra presente, torcendo pra que você seja feliz, que continue vivendo a música, que seja tímida desse jeito que encanta, que saiba o que quer. Que conquiste, e cresça, e seja cada vez mais super abundante em você. Cruze o oceano, pense em outra língua, seja nova de novo.
Eu me viro aqui. Se vire aí também... sejamos feliz, por nós. Até um dia.
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