então eu me permito fazer todas as coisas que eu não gosto de fazer ou não gosto que me façam.
me permito acordar cedo na quinta-feira. me permito andar sem rumo pela rua. me permito observar velhinhos na praça. me permito não pentear o cabelo de manhã. me permito não tomar um café saudável. me permito não me preocupar com o dia. me permito não fazer contas nem sorrir pra desconhecidos. me permito ser difícil e ainda rir sozinho. me permito ouvir música chata e escrever nada com nada.
me permito, ainda, não sentir saudade. me permito estar muito bem: longe. me permito não entrar em contato nem fazer questão. me permito ser eu com uma coberta até o queixo, vestindo uma meia só porque perdi a outra. me permito estar com somente um pé gelado e não achar ruim. sempre gostei de extremos (quase sempre), um pé quente o outro gelado é extremo, acho legal assim.
me permito ate, gostar de não sentir saudades. gostar de estar bem sozinho. de não sentir a ausência do mar, nem reclamar do gelado da manhã. me permito não reclamar de nada nem fazer o mínimo esforço pra mudar algo que não esteja confortável.
me permito ser eu, assim, quietinho, com uma lágrima nos olhos. uma só que escorre no rosto até o corpo se incomodar e, como num reflexo, a mão tratar de limpá-la e a calça de consevá-la. me permito não me importar sobre a causa que a remete. me permito não saber nem sequer querer. me permito para de escrever porque...
acho que deixei claro que não sou muito fã de porquês...
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